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Ajudemos os mais fracos

A cada dia aumenta a cobrança em cima dos jovens evangélicos. Como se não bastasse a pressão no trabalho, na faculdade e em casa, a igreja – que deveria ser um lugar de refúgio para eles -, está se tornando um lugar de incompreensão, incômodo e até mesmo, raiva.

Os jovens cristãos, estão sendo, todos os dias, tentados a fazer coisas que não agradam ao Senhor. Estão cercados de pessoas que dizem e fazem coisas que não condizem com a sua vida cristã, mas - querendo ou não - estão ali no meio, ouvindo, e sendo induzidos a fazer o que não é correto.

Muitos deles não dão ouvidos e seguem firmes, sabendo em quem têm crido. No entanto, existem outros que não são tão fortes assim, são mais fáceis de serem influenciados, vivem cambaleando. Porém, nem sempre agem assim porque querem. Talvez amem muito a Deus e se sentem mal por praticarem tais atos, mas simplesmente não conseguem dizer não, são fracos...

E nós, como bons cristãos, não deveríamos recebê-los com os braços abertos, amando-os e incentivando-os a serem fortes, fazendo valer Isaías 41.6?


“Um ao outro ajudou, e ao seu companheiro disse: Esforça-te.”

Porém, o que estamos vendo é justamente o contrário. Agora, o jovem vai à igreja e em vez de receber amor e apoio, recebe críticas e até mesmo ameaças por seu comportamento. Comportamento esse que muitas vezes são apenas reflexos de sua vida anterior, e ele não merece ser punido por isso.

As pessoas estão mais preocupadas em demonstrar santidade através do que chamam de ‘bons costumes’ do que através do amor. Se esquecem do que está escrito em Mateus 19.19b: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” E assim, ao invés de ajudarem a que essas pessoas se curem, vão machucando, muitas vezes profundamente... 

Jovens estão sendo magoados dentro das igrejas. Obreiros, e até mesmo pastores, com toda uma vida de fé e dedicação à obra de Deus estão afastando jovens de Cristo por palavras ditas de forma incorreta e na hora errada. E por não serem capazes, de depois, pedir perdão e tentar a reconciliar com a pessoa ofendida.

Conheço jovens que, por estarem fracos cometeram atos que comprometeram a sua salvação, mas, depois de reconhecido o erro, vieram para pedir perdão e não foi isso o que encontraram. Quando lhes devia ser dado amor e perdão, foi-lhes dado incompreensão e intolerância. O que simplesmente fez com que eles se afastassem de vez da casa do Senhor, e muitos até hoje não conseguiram voltar. Será que isso é fazer missões? Isso é que é o amor que Deus mandou que tenhamos uns pelos outros?

Esses dias, estava em um igreja quando o pastor disse:
- Quem não quiser obedecer, é melhor ir para o mundo, porque lá você pode fazer o que quiser...
Fiquei realmente triste com aquelas palavras. O pastor, que deveria arrebanhar as ovelhas, trazê-las para perto de si, as estava afugentando, mandando-as sair do redil. Enviando-as diretamente ao matadouro. 

Esse é o amor que Deus disse que tivéssemos? Não deveríamos abraçar aquele jovem que está fraco e dizer-lhe que Deus o ama e ajudá-lo a ser forte?

Todos sabemos o que o pastor deve fazer com uma ovelhinha rebelde. Se ela foge do redil, o pastor a busca e a coloca de novo em seu devido lugar, porém, se ela insiste em fugir, o pastor quebra as suas perninhas, faz uma atadura e a leva em seus braços até que ela se cure, e uma vez aprendida a lição, é colocada junto às outras ovelhas sem querer mais fugir. 

Porém, hoje, as coisas não acontecem assim. O pastor o que faz é quebrar a perninha da ovelha rebelde, e sem fazer nenhum curativo a deixa para que se cure sozinha. Com a esperança de que depois de curada, vá atrás do rebanho... Por quê desse jeito?

São crentes fortes que abusam dos mais fracos. Em Romanos 14. 1-4 está escrito:
“Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contenda sobre dúvidas.”

E por que se cobra e se pune tanto, quando não se tem ensinos e estudos que mostrem o porquê de não se cometer certos atos?

Quando meu irmão e eu éramos pequenos e aprontávamos alguma, meu pai, antes de  nos corrigir, sentava conosco, - muitas vezes usava até a Bíblia - e nos conscientizava do porquê de não fazermos o que tínhamos feito, e o porquê de estarmos sendo punidos. Apanhávamos, é certo, mas sabendo exatamente o motivo, e geralmente, não voltávamos a cometer os mesmos erros, pois agora sabíamos que aquilo não era correto e o porquê de não ser correto. Porém o que mais vemos, são jovens apanhando e apanhando, sem entender os verdadeiros motivos da surra.

Estão entortando os jovens dentro da igreja, colocando neles um fardo que nem mesmo aqueles que o colocam, são capazes de levar.  
  
Que possamos ajudar os crentes mais fracos, e não julgá-los por seus atos, dando-lhes amor, paciência, compreensão, e principalmente perdão. Ajudando-os assim, a alcançar o céu, contribuindo, paralelamente  para o crescimento e a mantimento sadio do Reino de Deus!


Por: Alinee Santos
Ideia Central: Sirlene Paiva

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5 comentários:

  1. È realmente o que vemos é isso aí, líderes e pastores que só sabem cobrar, e se esquecem de que quando os jovens saem da igreja o inimigo está pronto para oferecer diversos pratos, e quando o jovem cai em si,já não consegue mais se levantar, não estou aqui querendo defender jovens que saem da igreja e colocam culpa nos pastores ou líderes, mas que nós possamos analisar as palavras antes de ser dita, porque uma das coisas que não tem como ser retirada é a palavra depois de dita.

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  2. Infelizmente o que se vê nas igrejas é isso, o que mais me entristece é que não há nada além de cobranças e cobranças, não há ensino, não há companheirismo, não há amor.

    Apenas cobranças...


    Que o nosso Pai celestial nos ajude a passar por tudo isso e chegar até o Fim.

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  3. Olá....

    Bom... o tema é ajudar os mais fracos... O Apostolo Paulo fala sobre isto quando diz que se os mais "fortes" (experiêntes e mais fortes na fé)observarem que os "pratos" que eles comem escandalizar os FRACOS, que deixem de comer...


    Entendi o ponto de vista aqui exposto, mas sinceramente, não concordo com alguns pontos aqui ditos.... como:

    "As pessoas estão mais preocupadas em demonstrar santidade através do que chamam de ‘bons costumes’ do que através do amor."

    Fanatismo atrapalha... mas dai dizer que "bons costumes" não ajudam a manter a santidade é um equivoco, e não é lógico...

    Pois, quando aceitamos a Jesus o recebemos em fé... e pela fé somos salvos, é um dom de Deus... e neste momento passamos por três fases: Justificação, Regeneração e Santificação. Sendo que as duas primeiras fases são instâneas e a ultima fase é um processo.

    E por ser um processo, se dá ao longo da vida critã, a Bíblia diz, para se possível, serguirmos a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá ao SENHOR!

    E a santificação só é alcançada se vivermos uma vida chegada a Deus, e para isto temos que ter uma vida separada para Ele, separarmos do mundo, devemos possuir valores, devermos ter bons costumes, costumes sádios!

    Então lícito é constatar a deficiência que uma congregação ou que algumas congregações apresentem e critica-las, mas utilizar disto para atacar os "bons costumes" que nos auxiliam na santificação, e processo este sem o qual não veremos a Deus, rebaixando-o a ornamento dispensável é forçoso demais!

    O AMOR deve sempre existir, como também os bons costumes, não adianta só ter Amor, pois pais que tem muito amor e não ensinam os bons costumes levam seus filhos ao erro, da mesma forma acontecem com as ovelhas dos pastores.....

    Este é o meu ponto de vista...

    Fiquem com Deus...

    Beijos...

    Em Cristo!

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  4. Olá Fabrizzio! Paz!

    Entendi o que quis dizer e até mesmo concordo. Porém, o que você não entendeu foi que; eu não disse em nenhum momento que os bons costumes não são necessários ou que são dispensáveis. Porque creio que sim, são até mesmo imprescindíveis no caminho da busca pela santificação, o que critiquei foi o fato de as pessoas, em sua maioria, pastores e obreiros, estarem dando demasiada importância para isso e se esquecem do amor que é o maior dom de Deus.
    Muitos, nesse caso, jovens, estão/são fracos na fé e vêm pra igreja em busca de amor e compreensão, em busca de algo que lhes dê força para alcançar a santificação, e não encontram. Ao invés disso, encontram pressão e incompreensão, porque muitos não entendem o fato de que - como você mesmo disse - a santificação é um processo, se dá ao longo da vida cristã, então, por que exigir algo de alguém que não nos pode dar ainda?
    O que seria mais fácil e menos danoso: Ajudar, auxiliar o jovem, dando-lhe forças, fazendo-o entender o porquê dos bons costumes, para que uma vez entendidos, aceitados e praticados, possa alcançar a santificação ou impor-lhe algo que ele não encontra na Bíblia, dizendo-lhe simplesmente que é assim e que por ser assim DEVE ser cumprido?

    Bons costumes sem amor são apenas regras contestáveis, porém bons costumes com amor tornam-se regra de vida e maneira de viver.

    Fica na paz! Beeijo

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  5. , os que forem mais fortes que ajude os fracos.
    os que tiverem mais forças que compartilhe com seu irmão. Pois Deus nos ensina a viver em união, ajudar a alguém se levantar, é uma linda prova de união, dizer a seu irmão apenas uma simples frase como essa : " Ei eu posso te ajudar em oração " já pode trazer uma enorme alegria ao coração de um enfraquecido na fé.

    Que Deus abençoe ♥

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